sábado, 7 de novembro de 2015

#5 - Imagens de Livros e Leituras





     Jovem lendo -Antonio Vidal Rolland-Espanha, 1889-1970



Submissão

 "Tanto quanto a literatura, a música pode determinar uma reviravolta, um transtorno emotivo, uma tristeza ou um êxtase absolutos;
Tanto quanto a literatura, a pintura pode gerar um deslumbramento, um olhar novo depositado sobre o mundo.
Mas só a literatura pode dar esse contato com outro espírito humano, com a integralidade desse espírito, suas fraquezas e grandezas, suas limitações, suas mesquinharias, suas ideias fixas, suas crenças; com tudo o que comove, o interessa, o excita e repugna.
Só a literatura permite entrar em contato com o espírito de um de alguem que se foi, da maneira mais direta, mais completa e até mais profunda, muitas vezes, do que a conversa com um amigo – por mais profunda e duradoura que seja uma amizade, numa conversa nunca nos entregamos tão completamente como o fazemos diante de uma página em branco, dirigindo-nos a um destinatário desconhecido.” -M.Houellebecq, Rio.




“Para nos mantermos bem é necessário comer pouco e trabalhar muito.”- Aristoteles



                                                    Quadrinha da Liberdade

                                                     Liberdade eh conviver
                                                    Com sua propria razão,
                                                    Sem a ninguém ofender,
                                                    Nem magoar o coração. -Durval Lobo




“Como a palmeira tens a majestade,
E dela tens a sombra e a sorte:
A avareza da sombra e da piedade.”- Olavo Bilac- 1865 -1918, Palmeira Imperial.






O Branco e o Timbira
O branco disse ao timbira:
— Não me inspiram, sertanejo,
Estes bosques, estas matas;
— Nem eu vejo
De que te ufanes aqui:
Vem comigo — minha terras
Tem mais lindas variedades
Vida, amor, ouro, prazeres,
Nas cidades
Tudo enfim, terás — ali. —
O timbira disse ao branco:
— Cariúra, deixa a cidade
__ Vem viver co’o sertanejo,
— Aqui tens a liberdade. —  1858- Bruno Seabra






O Cântico da Terra

Cora Coralina

Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranquila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.

E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranquilo dormirás.

Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos. - Cora Coralina









“Livros realmente causam transformações, mudam a cara do domingo, alegram a vida.”-Ana Mello

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